Nesta sessão vamos falar sobre o livro “Bonecos de Luz”, de Romeu Correia
“Bonecos de Luz é uma obra concebida nos moldes do romance picaresco, tão ao gosto da tradição novelística peninsular. Narrado na primeira pessoa, a ação decorre em lugarejo primitivo, onde gente rude e ingénua é sacudida pelo espetáculo do animatografo. Uma dezena de figuras dão conflito e cor a esta história que tanto podia ter acontecido em Portugal como em qualquer parte do mundo. Bonecos de Luz é o romance do cinema silencioso e dos seus primitivos e ocasionais divulgadores, constituindo uma singela homenagem ao maior intérprete da arte cinematográfica – Charles Chaplin.»
Romeu Henrique Correia nasceu em Almada em 1917, e faleceu, na mesma cidade, em 1996. Exerceu a atividade profissional de bancário e esteve ligado ao associativismo e ao clubismo. Desportista, publicista, biógrafo, ficcionista e dramaturgo, Romeu Henrique Correia publicou estudos sobre o movimento associativo e sobre a história do desporto português. Conjugando essas qualidades e as de escritor de ficção, aproximou-se do neorrealismo pela focagem dos problemas sociais e económicos da sua terra natal, enquanto condicionantes dos dramas pessoais das personagens, recriados com um realismo de inspiração popular que se impõe na verosimilhança da linguagem e na recriação dos meios proletário, pequeno-burguês e piscatório.
Após a sua estreia como dramaturgo, em 1940, com a peça Razão, desenvolveu uma carreira de autor dramático que, se em muitos aspetos comunga dos traços neorrealistas, é habilmente enriquecida com recursos provenientes da tradição popular (do teatro de fantoches, do circo) e do teatro de vanguarda. Das obras que publicou, destacam-se os títulos Trapo Azul (romance, 1948), Calamento (romance, 1950), O Vagabundo das Mãos de Oiro (teatro, 1960), Bocage (teatro, 1965) Roberta (teatro, 1971), Francisco Stromp (biografia, 1973), Os Tanoeiros (romance, 1976) e Um Passo em Frente (contos, 1976), que recebeu o Prémio Ricardo Malheiros e o da Academia das Ciências de Lisboa, O Tritão (romance,1982) e Andarilho das Sete Partidas (1983, teatro).
Local: Biblioteca Municipal José Saramago
Dia: 8 de abril
Horário: 15h00
Público-alvo: Maiores de 18 anos
Lotação máxima: 20 participantes (máximo)
Inscrição gratuita sujeita a marcação prévia: Davide Freitas
212 508 210
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