segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Conversas Com a Escrita com Pedro Pinto, para apresentação do livro O Último Bandeirante

BIBLIOTECA MUNICIPAL DO SEIXAL



Conversas Com a Escrita com Pedro Pinto
Apresentação da obra O Último Bandeirante

12 de Setembro de 2009 às 18h00 na Galeria Municipal Augusto Cabrita
Biblioteca Municipal – Fórum Cultural
Câmara Municipal do Seixal

Nota Biográfica

Pedro Pinto é coordenador e apresentador do Jornal Nacional da TVI desde 2000 e jornalista desde 1997. É formado em Relações Internacionais, pela Universidade Autónoma de Lisboa e mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pelo ISEG. É professor na Universidade Autónoma de Lisboa desde 1996, sendo responsável pelas cadeiras de Integração Económica e de Jornalismo. É coordenador da Pós-Graduação em Televisão e professor convidado em diferentes mestrados.

Do romance O Último Bandeirante

O gosto pela História e pela aventura e a curiosidade por um herói português desconhecido dos portugueses – António Raposo Tavares – aliados ao desafio colocado pela Esfera dos Livros para escrever o romance, levaram Pedro Pinto a estrear-se na escrita com um romance empolgante que nos leva ao Brasil do século XVII.
Numa visita ao Brasil, um enorme quadro do tamanho de toda uma parede, à entrada do Museu de Arte de São Paulo, fez despertar no autor uma grande curiosidade sobre o maior bandeirante de todos os tempos, considerado um dos grandes responsáveis pelas actuais fronteiras do Brasil.
Nascido em Beja, em 1598, António Raposo Tavares chega a terras de Vera Cruz, já com 20 anos, acompanhando o seu pai, governador da capitania de São Vicente. Após o desgosto pela perda da mulher amada e do filho que ambos esperavam, dá início à aventura de uma vida ao comandar a sua primeira bandeira.
Mas é em 1648, que Raposo Tavares, já com cinquenta anos, aparece no comando de mais uma bandeira de duzentos paulistas e mil índios, encetando uma jornada de 12.000 km, percorridos durante três longos anos, em condições sobre-humanas, do sertão até à belíssima Amazónia, a fim de engrandecer Portugal e os Portugueses e que pode ser colocada ao nível das dos grandes navegadores, conhecidos de todos nós.
“Esta é uma história de um grande português, injustamente esquecido pela memória colectiva, que fez uma viagem notável por terras exóticas e desconhecidas, cheias de mitos de riqueza e de maldição, por entre a oposição dos jesuítas e as agruras da natureza, que se aventurou por onde nunca ninguém tinha estado e foi decisivo para que a Amazónia e grande parte do território do Brasil tivessem passado a pertencer a Portugal e não a Espanha”… palavras que Pedro Pinto utiliza para incentivar a leitura do seu primeiro romance, onde encontramos aventura, exotismo, paixão, traição e ambição.

Excerto da obra

Quando Raposo Tavares atacou a Missão jesuíta de Jesus Maria, o seu objectivo era conquistar a região do Tape em nome da Coroa portuguesa e destruir o sonho do Superior Diego de Trujillo, seu inimigo de longos anos. Estava longe de imaginar que começava ali uma corrida de vida e morte à maior bandeira de sempre em terras do Brasil.
Com as mãos sujas de sangue, a roupa a cheirar a queimado e milhares de índios aprisionados, Raposo Tavares, o maior bandeirante de todos os tempos, regressou à vila de São Paulo. Podia, finalmente voltar a sua casa, ao fabrico das suas estranhas infusões, ao desenho dos seus mapas e aos braços apaixonados de Maria Teresa.
Mas a partida estava novamente marcada. Era altura de regressar ao mato, de definir as controversas fronteiras de Tordesilhas, que opunha Portugueses e Espanhóis, e procurar um sonho de extraordinárias riquezas que não era o seu: o Eldorado que todos ambicionavam encontrar.

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