BIBLIOTECA MUNICIPAL DO SEIXAL
A Câmara Municipal do Seixal convida-o(a) para o lançamento do livro Chão de Marés – Colectânea de Poesia 2013-2016, de Eufrázio Filipe, que se realiza no dia 6 de maio, às 17 horas, na Galeria de Exposições Augusto Cabrita, no Fórum Cultural do Seixal.
O evento conta ainda com a participação de Vera Silva, Licínia Quitério e Maria José Bravo, com apontamento musical pela Escola de Artes do Independente Futebol Clube Torrense.
Biografia
Eufrázio Filipe dirigiu as revistas «Movimento Cultural», da Associação dos Municípios do Distrito de Setúbal, e «Poder Local». É membro da Associação Portuguesa de Escritores. Foi colaborador de diversas publicações, entre elas: «A República», «Diário de Lisboa», «A Opinião», «Notícias da Amadora», «Jornal do Centro», «Independência D’Águeda» e «Libertação». A sua vasta obra literária é composta de vários géneros como a poesia, o romance, os contos e as crónicas políticas.
Em poesia publicou: «Poemas para Quem Quiser», «A Linguagem dos Espelhos», «Vagarosos Instantes», «Mar Arável», «A Profanação das Metáforas», «A Inocência dos Murais», «Que Fizeste das Nossas Flores», «Para Lá do Azul», «No Outro Lado do Cais», «Chão de Claridades» e «Presos a Um Sopro de Vento», marcando igualmente presença em coletâneas de poesia.
No domínio do romance, figura o livro «Espelho das Viagens» e dos contos e das crónicas políticas consta «A Secular Barca do Zé» e «Seixal Somos Todos Nós», respetivamente.
Excerto
desaguou sem amos
no chão das marés
barco desgrenhado
quase perfeito
a lapidar as águas
Passo a passo
demorou-se por um fio
a subir às gáveas
precipitou-se
do último verso
do seu poema
«Lê-se Eufrázio como se navegássemos com ele nas tardes e madrugadas dos seus poemas, nos suaves acenos de uma pestana, de uma pena, de uma vírgula, como sinais, como marcos, da viagem dos seus livros que semeia ao ritmo do semeador, com a segurança do caminhante, com o pudor inconfessado do amante. Há silêncio e canto, desespero e esperança, dor e alegria nas suas praias infinitas, nas ondas de saliva ou de espuma, nas romãs que sangram, no alto das ramadas onde se hasteia o beijo.»
Licínia Quitério