segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Livro do Mês: Cem Anos de Solidão

BIBLIOTECA MUNICIPAL DO BARREIRO

"Livro do Mês"
"Cem Anos de Solidão"

A obra "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez, editada pela Dom Quixote, é o "Livro do Mês" de Novembro na Biblioteca Municipal do Barreiro.


O escritor colombiano Gabriel García Márquez nasceu em Aracataca em 1928. Com 18 anos de idade inicia-se no jornalismo num pequeno jornal da cidade de Barranquilla, matriculando-se mais tarde no curso de Direito, na Universidade de Bogotá e Cartagena. A carreira jornalística, que exerceu quase exclusivamente durante 20 anos, levou-o a Roma e Paris, como correspondente do jornal Espectador, e depois, como representante da Agência Prensa Latina, a Bogotá e Havana, tendo sido responsável do New York Office, em 1961. Mas foi a ficção que o deu a conhecer universalmente.Escreveu La Mala hora, em que é mais acentuado o realismo social e a denúncia política dentro dos parâmetros ideológicos defendidos pelo próprio autor, apoiante da revolução cubana, de movimentos revolucionários da América Latina e membro do Tribunal Russel. Como tal, ao receber, em 1972, o Prémio de Literatura Romúlo Gallegos, pelo romance Cien Años de Soledad (1967), entrega o respectivo valor monetário ao Movimento para o Socialismo, uma organização da esquerda venezuelana. Esta atitude foi mal recebida pelo Governo e pelas esferas militares do seu país que o levarão mais tarde (1981) a pedir asilo político no México. Cien Años de Soledad, actualmente traduzido em quase todas as línguas, é a obra que o vai transformar numa figura marcante da literatura colombiana e de todo o continente americano, tornando-o num dos escritores contemporâneos mais conhecidos.
Entretanto, em 1970, escreve "Relato de um náufrago", romance onde García Márquez analisa a figura quase mítica de um ditador da América Latina. Além de diversos contos, escreveu a novela "Crónica de uma Morte Anunciada" que, obtendo grande êxito, leva o seu autor a receber, em 1982, o Prémio Nobel da Literatura e a Legião de Honra com que o Governo francês o distinguiu. A sua obra é o reflexo da realidade, mas de uma realidade que ele descreve de forma lírica e simbólica, numa miscelânea do verdadeiro e do imaginário. As suas personagens, peças de um nítido xadrez cultural latino-americano, são igualmente universais a ponto de se fazerem entender por qualquer leitor em qualquer recanto do mundo. Este facto repete-se no seu livro publicado em Inglaterra, em 1983, sob o título The Fragrance of Gualva (O Perfume de Goiaba), onde o escritor oferece um pouco da sua autobiografia contada de forma admirável.

Sinopse da obra: "Cem Anos de Solidão" - "Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo". Com estas palavras começa a obra-prima da literatura contemporânea "Cem Anos de Solidão", traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Márquez como um dos maiores escritores do nosso tempo.A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán, com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações, é a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro."…Descobri, ao acordar, que tinha maduro no coração o romance de amor que havia ansiado escrever há tantos anos", referiu Gabriel Garcia Marquez.

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