terça-feira, 5 de novembro de 2019

Sophia – a liberdade e a dignidade do Ser

BIBLIOTECA DE ALCOCHETE


Sophia – a liberdade e a dignidade do Ser, por Francisco de Almeida Dias

Palestra  
Conferencista: Francisco de Almeida Dias (1980) doutorou-se em Literaturas Comparadas em Itália, na Università degli Studi Roma Tre, onde colaborou com a lusitanista Giulia Lanciani no lançamento da Cátedra José Saramago (Camões - Instituto da Cooperação e da Língua). Está ligado à Cátedra Pedro Hispano da Università degli Studi della Tuscia, em Viterbo, onde ensinou Literatura dos Países de Expressão Portuguesa e Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira. Colaborou durante 15 anos com o Instituto Português de Santo António em Roma, polo cultural da representação diplomática portuguesa junto ao Vaticano. Em 2017 viu o seu trabalho em prol da difusão da cultura lusófona em Itália reconhecido pela atribuição de dois prestigiosos prémios: Quaderni Ibero Americani e Franco Cuomo International Award.

 
Sinopse
«O artista, mesmo aquele que mais se coloca à margem da convivência, influenciará necessariamente, através da sua obra, a vida e o destino dos outros. (…) Mesmo que fale somente de pedras ou de brisas a obra do artista vem sempre dizer-nos isto: Que não somos apenas animais acossados na luta pela sobrevivência, mas que somos, por direito natural, herdeiros da liberdade e da dignidade do ser.»

Estas são palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), proferidas a 11 de julho de 1964, por ocasião do Grande Prémio de Poesia atribuído a Livro Sexto - palavras que, em boa parte, caracterizam o pensamento e a obra da grande Poeta portuguesa, de que a Câmara Municipal de Alcochete assinala o centenário. Foram também palavras escolhidas por João César Monteiro na elaboração do retrato que dela fez, através do documentário rodado há precisamente 50 anos, mas que só em 1972 viria a ser exibido, merecendo o Prémio da Casa da Imprensa.

O momento histórico que o país então vivia – entre a agonia do “velho abutre” Salazar e a chamada “Primavera Marcelista ” – tornava mais necessária uma clara tomada de posição por parte dos artistas e dos intelectuais que sonhavam um Portugal novo. Num tempo em que Sophia era ainda essencialmente reconhecida como narradora infantil, João César Monteiro coloca-a precocemente no preciso lugar que ocupa na vida civil e literária portuguesa, através de uma rigorosa, ainda que necessária fragmentaria, caracterização das linhas de força da sua obra poética.
 
Dia:  09
Horário: 16h00
Local: Biblioteca de Alcochete
Público-alvo: Público em geral.
Duração: 90 minutos
Observações: Esta iniciativa está integrada nas comemorações do centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen. Atividade sujeita a marcação.
Contatos: Informações e marcações: Biblioteca de Alcochete - 21 2349720 | biblioteca@cm-alcochete.pt 

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